segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

María Blanchard





María Blanchard
1881-1932


Pintora espanhola nascida no mesmo ano de Picasso e contemporânea de Juan Gris, que conseguiu mostrar com a sua obra toda a beleza que tinha na alma.




María Eustaquia Adriana Gutiérrez Blanchard, nasce a 6 de Março de 1881 em Santander, Espanha, no seio duma família pertencente à nova burguesia. Seu avô Castor Gutiérrez de la Torre foi o fundador do jornal “La Abeja Montañesa” e seu pai Enrique Gutiérrez Cueto fundou igualmente o prestigiado diario liberal “El Atlántico”, que dirigiu durante dez anos.
María Blanchard nasceu com problemas físicos, na sequência duma queda de sua mãe em estado avançado de gestação. Esta deformação condicionará para sempre o seu destino e a devoção pelo seu trabalho. Amante da beleza, Maria sofría bastante com o seu aspecto físico, evitava ser fotografada, pelo que poucas fotografías existem da artista.
Encorajada por seu pai Maria Blanchard vai para Madrid estudar pintura. Nessa mesma época chega a Madrid Diego Rivera. Blanchard conhece o mexicano em 1907 ou 1908.
Em Madrid, Blanchard sente a frieza duma sociedade muito fechada, mas em 1908 na Exposição Nacional de Belas Artes de Madrid obtem uma terceira medalha, e este incipiente êxito dá-lhe ânimo para proseguir a sua aprendizagem em París. Depois de obter uma bolsa de estudos da comarca de Santander, vai em 1909 para Paris. Aí conhece a pintora russa Angelina Beloff, com quem faz amizade. No verão desse ano viajam as duas para Bruges, onde encontram Diego Rivera, depois vão a Londres, em Novembro regressam a París, onde María, Diego e Angelina compartem o mesmo estúdio no nº. 3 da Rua Bagneux.
Em 1910, Blanchard conhece outra pintora russa, Maria Vassilief. Expõe na Exposição Nacional de Belas Artes de Madrid, onde obtém uma segunda medalha. Viaja para Granada, onde entretanto se tinha instalado a sua familia.
Nos finais de 1911, após ter conseguido nova bolsa de estudos, volta a Paris, onde comparte casa e estúdio, novamente com Angelina e Diego. Trava conhecimento com Juan Gris e Jacques Lipchitz.
Durante o ano de 1913, viaja por Itália e, em 1914 depois de passar o verão em Mallorca com Angelina, Diego Jacques e Gregoire Landau, com o início da Primeira Guerra Mundial, regressam todos  a Madrid, instalando-se em casa da mãe de Blanchard.
Em 1915,  Ramón Gómez de la Sena organiza em Madrid uma exposição intitulada Pintores Íntegros. A exposição suscitou todo tipo de comentários sarcásticos, e protestos, não só por parte do público como por parte da crítica especializada da altura. Decidida a estabilizar a sua vida, Blanchard consegue um lugar como professora de desenho em Salamanca, mas sente-se rejeitada e humilhada pelos alunos e decide instalar-se definitivamente em París. De volta a París, Blanchard passa grandes dificuldades, trabalhando em estúdios miseráveis, contudo, depressa teve a sorte de chamar a atenção do negociante de arte Léonce Rosenberg, dono da galería L’Effort Moderne, que passa a comercializar as suas obras. Conhece nessa altura André Lhote, que se converte em seu amigo e protector, assim como um dos melhores críticos da sua obra.
Em Abril de 1918, perante o ataque alemão sobre Paris, Blanchard e outros artistas vão para Casa de Juan Gris em Turena, onde trabalham em conjunto, regressando a París depois de assinado o armisticio.
Em París, Blanchard continuou a trabalhar, sempre com grande aceitação da crítica, e, financeiramente com momentos altos e baixos. Nunca mais regressou a Espanha.
Maria Blanchard, considerada a maior e mais enigmática pintora de Espanha, morreu a 5 de Abril de 1932, sendo enterrada no cemitério de Bagneux.

Natureza Morta da Peneira, 1930-1932
Óleo sobre tela, 53 x 64 cm
Meseu de Belas Artes de Santander

Paysanne Bretonne, 1910
Óleo sobre tela, 70 x 51 cm
Consejeria de Presidencia, Govierno de Cantabria

Paisagem, 1912
Óleo sobre tela, 32 x 41 cm
Colecção Particular

Mulher com Abanico, 1913-1915
Óleo sobre tela, 161 x 97 cm
Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid

Composição com mancha vermelha, 1916
Óleo sobre tela, 100 x 65 cm
Colecção BBVA, Madrid

Natureza Morta - Composição, 1916-1917
Óleo sobre Tela, 170 x 102 cm
Colecção Particular

Composição Cubista, 1917
Óleo sobre Tela, 72 x 60 cm
Petit Palais-Musée d'Art Moderne, Genebra

Natureza Morta Cubista, 1917
Óleo sobre Madeira, 70,4 x 60 cm
Colecção da Telefónica, Madrid

Natureza Morta com Relevo, 1916-1917
Óleo e Colagem sobre Tela, 145,2 x 95,5 cm
Museo de Belas Artes de Caracas, Venezuela

Composição Cubista, 1917
Óleo sobre Tela, 55 x 46 cm
Colecção Particular

Composição Musical, 1918
Óleo sobre Tela, 81 x 65 cm
Colecção Particular

Pianista, 1919
Óleo sobre Tela, 73 x 60 cm
Colecção Particular

Natureza Morta de Bananas e Jarro Verde, 1920
Óleo sobre Tela, 54 x 73 cm
Musée National d'Art Moderne, Centro Georges Pompidou, Paris

As Duas Orfãs, 1923
Óleo sobre Tela, 100 x 65 cm
Musée d'Art Moderne, Paris

Maternidade, 1922
Óleo sobre Tela, 101 x 75 cm
Musée d'Art Moderne, Paris

Jovem com Mãos Cruzadas, 1928
Óleo sobre Tela, 65 x 50 cm
Musée d'Art Moderne, Paris

Fonte: Livro - María Blanchard, Fundación Mafre, Instituto de Cultura, Espanha (texto de Carmen Bernárdez Sanchís)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Aguarelas

Continuando as minhas experiências com a aguarela,
aqui ficam mais dois, dos meus pequenos trabalhos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Amadeo de Souza Cardoso






Amadeu de Souza Cardoso
1887/1918


Pintor Português precursor da arte moderna, que apesar de nos deixar com apenas 31 anos de idade, tornou a sua obra imortal.




Amadeo de Souza-Cardoso, nasceu em Manhufe, freguesia de Mancelos, Amarante, a 14 de Novembro de 1887. Frequentou o curso de Arquitectura na Academia de Belas Artes de Lisboa, curso esse, que interrompeu para partir para Paris, instalando-se em Montparnasse. Em Paris, entrou em contacto primeiro com o Impressionismo e depois com o Expressionismo e o Cubismo, dedicando-se, assim, exclusivamente à pintura. As primeiras experiências deram-se no desenho, especialmente como caricaturista.
Em 1910 fez uma estadia de alguns meses em Bruxelas e em 1911 expôs trabalhos no Salon des Indépendants, em Paris
Em 1913, depois de participar com oito trabalhos numa exposição nos Estados Unidos da América, no Armory Show, voltou a Portugal onde realizou duas exposições, respectivamente no Porto e em Lisboa. Nesse ano, participou ainda no Herbstsalon da Galeria Der Sturm, em Berlim.
Em 1914 encontrou-se em Barcelona com Antoni Gaudí, e parte para Madrid onde é surpreendido pelo início da I Guerra Mundial. Regressou a Portugal, embrenhando-se na experimentação de novas formas de expressão, tendo pintado com grande constância ao ponto de, em 1916, expor no Porto 114 obras com o título "Abstraccionismo", que foram também expostas em Lisboa, num e noutro caso com novidade e algum escândalo. O cubismo, em expansão por toda a Europa, foi influência marcante no seu cubismo analítico. Amadeo de Souza Cardoso explora o expressionismo e nos seus últimos trabalhos experimenta novas formas e técnicas, como as colagens e outras formas de expressão plástica. Em 25 de Outubro de 1918, com 31 anos de idade, morre prematuramente em Espinho, vítima da "pneumónica" que grassava em Portugal.
Em 1925,  França realizou uma retrospectiva do pintor, com 150 trabalhos, bem aceites pelo público e pela crítica.
Dez anos depois, em Portugal, foi criado um prémio para distinguir pintores modernistas, que recebeu o nome de "Prémio Souza-Cardoso".

Caricatura do pintor Emmerico Nunes, 1909
Tinta da China e Aguarela sobre papel, 11,5 x 16,2 cm
Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, Amarante, Portugal

Retrato de Francisco Cardoso - c. 1912
Óleo sobre cartão, 35 x 27 cm
Museu Municipal Souza-Cardoso, Amarante, Portugal

Paris Café, 1908-1910
Óleo sobre cartão, 19 x 23,8
Colecção do Museu do Chiado (MNAC), Lisboa

Os Galgos, 1911
Óleo sobre tela, 100 x 73 xm
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa

O Salto do Coelho, 1911
Óleo sobre tela50 x 61,3 cm
The Art Institut of Chicago - EUA

A Casa de Manhufe, 1912-1913
Óleo sobre Madeira, 50,8 x 29,30
Colecção Particular, em depósito no Meseu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso,
Amarante, Portugal

 Menina dos Cravos, 1913
Óleo sobre madeira, 40 x 29 cm
Museu do Caramulo - Caramulo, Portugal

Cozinha da Casa de Manhufe, 1913
Óleo sobre tela, 29,2 x 49,6 cm
CAM - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal

Cabeça, 1913
Óleo sobre tela, 61 x 50 cm
CAM - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal

Procissão Corpus Christi, 1913
Óleo sobre Madeira, 29 x 50,8 cm
CAM - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal

Pintura, c.1914
Óleo sobre tela, 46 x 33 cm
Col. José Ernesto de Souza-Cardoso
Museu Municipal Souza-Cardoso, Amarante, Portugal
Oceano Vermelhão Azul, 1915
Aguarela sobre papel, 25,3 x 19,10 cm
CAM - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal

Canção Popular a Russa e o Fígaro, 1916
Óleo sobre tela, 80 x 60 cm
CAM - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal

Entrada, 1917
Óleo sobre tela com colagem, 93,5 x 75,5 cm
CAM - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal

A Máscara de Olho Verde, Cabeça, 1915-1916
Óleo sobre tela, 55 x 39,5 cm
Colecção Particular, Porto, Portugal

A Ascensão do Quadrado Verde e a Mulher do Violino, 1916
Cera sobre tela, 180 x 100 cm
Colecção Particular em depósito no Museu Municipal Amadeo Souza Cardoso, Amarante, Portugal

Titulo Desconhecido (Coty), 1917
Técnica mista: Óleo sobre Tela, com colagem de vários materiais, 193,2 x 76 cm
CAM - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal

Pintura (Brut 300 TSF), 1917
Óleo sobre tela, 86 x 66 cm
CAM - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal


Fonte:Pintores Portugueses - Amadeo de Souza Cardoso 

sábado, 22 de janeiro de 2011

Ilya Repin, (Chuhuiv 1844 – Kuokkala 1930)
O principal representante do Realismo Russo

Os Cossacos do Zaporizhzhya escrevem ao Sultão da Turquia, 1880-1891
Óleo sobre tela, 203 x 358 cm
State Russian Museum, St. Petersburg

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Physalis

Esta frutinha exótica e muito apreciada pelos grandes chefes e gourmet da cozinha internacional, chama-se “Physalis” e foi a minha escolha para praticar a técnica da aguarela.

Aguarela sobre papel, 17,8 x 25,4 cm

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Francesco Hayez (Veneza 1791 - Milano 1882)
O principal representante do Romantismo Italiano

O Beijo,
Óleo sobre tela, 112 x 88 cm
Pinacoteca di Brera, Milano

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Felix Nussbaum

Felix Nussbaum, 1904-1944
Auto-retrato, 1943
Óleo sobre tela, 51 x 39,5 cm
Osnabrück, Kulturgeschichtliches Museum

Felix Nussbaum, pintor Alemão de religião judaica, morreu no campo de concentração de Auschwitz a 2 de Agosto de 1944, com 39 anos de idade.

domingo, 16 de janeiro de 2011


 Pablo Picasso, pintor espanhol (1881-1973) 

Les Demoiselles d’Avignon, 1907
Óleo sobre tela, 243,9 x 233,7 cm
MoNA, Nova Iorque

Esta célebre pintura é hoje considerada uma das mais importantes da História da Arte. Porém, durante quase 30 anos só alguns amigos de Picasso a conheciam e poucas vezes foi exibida até ser comprada pelo MoNA de Nova Iorque em 1938.
Com esta pintura Pablo Picasso cortou com o seu próprio passado, com todas as tradições da Arte Ocidental, impôs-se como líder inquestionável da vanguarda e imediatamente se lançou num impressionante período criativo e profundamente influente.
O título da obra, - não foi Picasso que o escolheu, nem gostava dele – foi dado alguns mais tarde e não se refere à cidade francesa de Avignon, mas sim a um bordel de Barcelona situado na Rua d’Avinyó (Carrer d’Avinyó).
Fonte: Guias Essenciais Arte – Civilização Editora

sábado, 15 de janeiro de 2011

Bernardino Licinio, pintor italiano (1489-1549)
Jovem Deitada, 1510.
Óleo sobre tela, 80,5 x 154 cm.
Galería de los Uffizi. Florencia. Italia.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Max Liebermann








Max Liebermann
1847-1935








Max Liebermann nasceu em Berlim a 20 de Julho de 1847 e morreu na mesma cidade a 8 de Fevereiro de 1935. Liebermann, fez uma retoma actualizada da arte holandesa do século XVII e foi um pintor de sucesso da vida e dos lugares da classe média. Produziu pinturas livres e não muito difíceis que lhe asseguraram clientela e apelavam à nostalgia moderna. Usava as cores térreas da paleta dos velhos mestres e não a moderna paleta arco-íris dos Impressionistas. No entanto, Liebermann admirava a arte moderna estrangeira (escola de Barbizon francesa e Impressionistas) e rejeitava o nacionalismo e as tradições académicas alemãs, pelo que era visto como inimigo cultural do Império Alemão.

Fonte: Arte, Guias Essenciais, Civilização Editores, Lda.


Velha com Um Gato, 1878.
J. Paul Getty Museum, Los Angeles, EUA

O caminho de Corda em Edam, 1904
Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque, EUA

Cervejaria de Campo
Óleo sobre tela, 70 x 100 cm
Museu d’Orsay, Paris, França

Escola de Barbizon

A Escola de Barbizon representa uma corrente artística que se manifestou ao nível da pintura, na segunda metade do século XIX. Esta corrente foi desenvolvida por um grupo de pintores franceses românticos que, na generalidade, se interessavam pela temática da pintura paisagística e se reuniam e trabalhavam na aldeia de Barbizon, na floresta de Fontainebleau.
A sua principal contribuição artística foi a prática de pintura directamente da natureza, ao ar livre, recusando o trabalho em estúdio com base no esboço. Este reencontro com a natureza, de espírito claramente romântico, afastou-os definitivamente do neoclassicismo e do conceito de paisagem italiana que servia para a inserção de figuras heróicas. As suas principais influências foram os mestres flamengos do século XVII e os paisagistas ingleses, como John Constable.
O seu líder era o pintor Théodore Rousseau. No entanto, o elemento mais destacado foi Charles-François Daubigny. Destacam-se ainda os artistas Diaz de la Peña (1808-1876) e Jules Dupré (1811-1889).
Normalmente incluem-se Millet e Corot no grupo de Barbizon. No entanto, embora Millet tivesse desenvolvido alguma actividade nesta aldeia, os seus interesses, centrados mais no camponês e nas condições de vida da população, afastam-no da vocação estritamente paisagística dos restantes pintores.
A temática dos trabalhos destes artistas bem como a técnica pictórica, o cromatismo livre e a capacidade para interpretação da luz colocam-nos entre os precursores do Impressionismo.
Fonte: Escola de Barbizon. In Infopédia, Porto Editora

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Lawrence Alma-Tadema

Lawrence Alma-Tadema, 1836-1912
Auto-retrato, 1896
Óleo sobre tela, 65,7 x 52,8 cm
Uffizi, Florença, Itália

sábado, 8 de janeiro de 2011

Francisco Maya








Francisco Maya

1915-1993







Francisco José Peile da Costa Maya nasce em 1915 em Lisboa na casa de Santa Isabel, na freguesia do mesmo nome, residência da família desde o século XVI.


Surdo-mudo de nascença, estuda e aprende a falar sob a correcção do professor José da Cruz Filipe, através da leitura labial.


Em 1927 entra para a Casa Pia, onde estuda e 1936, frequenta as aulas de desenho e pintura na escola de Belas Artes de Lisboa onde obtém o diploma de autodidacta.


Em 1943 expõe pela primeira vês numa mostra individual. Passa a ser convidado para colaborar nos salões de Verão, Outono e Inverno, na Sociedade Nacional de Belas Artes da qual se torna sócio. Participa igualmente nos salões de turismo da Costa do Sol e Casino Estoril, onde recebe prémios, medalhas e menções honrosas.
Em 1962 casa com Gilda Maria, também pintora.
Em 1978, adoece na Madeira onde estava a passar uns tempos, o que o leva a prolongar a estadia. O seu Atelier naquela cidade passa a ser visitado por coleccionadores estrangeiros, e parte das suas obras foram para França, Alemanha, Holanda, Inglaterra, Suécia, e EUA.
Em 1993, ainda visita Paris, pela última vez. Em Julho desse mesmo ano vai descansar para a sua casa em Porto Santo, em Agosto adoece e morre a 11 de Outubro.

 Óleo, 28 x 18 cm
Colecção Particular

Óleo, 70 x 54 cm
Colecção Particular

Óleo, 41 x 22 cm
Colecção Particular

Óleo, 160 x 130 cm
Colecção Particular

Óleo, 45 x 103 cm
Colecção do Banco Comercial Português, Portugal

Sagres
Óleo, 74 x 94 cm
Colecção Particular

Pietá
Óleo, 21 x 31 cm
Colecção Particular

Aguarela, 26 x 17 cm
Colecção Particular

Aguarela, 34,5 x 50 cm
Colecção Particular

Colecção do Artista

Crayon, 25 x 35 cm
Colecção Particular

Óleo, 70 x 54 cm
Colecção Particular

“(…) Sentia-me junto a um mestre, com toda a magia que isso representa. Não esqueço o seu expressivo olhar de um profundo azul, em momentos que me despertaram um maior interesse pelo mundo da Arte. Então, compreendi melhor porque é que a sua obra – cerca de oitocentos trabalhos – se encontra espalhada pelos quatro cantos do mundo e como quando se ama realmente a Arte, podemos sentir “vaidade” em usufruir das obras de um artista.
Muitos admiradores da Obra de meu Pai têm manifestado por ela um enorme apreço. Recordo-me, por exemplo, um deles comentá-la, afirmando: “Num horizonte aberto vibram azuis onde a separação do mar e do céu nasce de uma perspectiva musical em que se manifestam força, calma e serenidade. (…)”
Cascais, 23 de Julho de 1996
Delfim Maya
(Filho do artista)

 Óleo, 35,5 x 55 cm
Colecção Particular

Aprendi a compreender e a conhecer o seu mundo. Não só por ser surdo-mudo, mas por ter uma sensibilidade infinita, calma, serena, conjuntamente com a alegria que transmitia no seu olhar.
Teve uma esposa única: o seu grande complemento e inspiração, que é a minha mãe.
Fomos uma família diferente!
Herdei deste mundo, o ser leal, o estar com todos e ao mesmo tempo só.
Ofereci-lhe a felicidade de uma neta com a sua fisionomia.
Desse mar da travessa, entre as duas ilhas onde quiseste ficar, sinto-me tão longe e ao mesmo tempo tão perto.

Funchal, 30 de Agosto de 1996
Francisco
(Filho do artista)


“(…) uma obra liberta do seu tempo, inscrita numa intemporalidade romântica, metafísica, definindo uma poética de madrugadas e crepúsculos. (…)”
Bom Sucesso, 5 de Abril de 1996
José Augusto Lagoa Henriques
(Escultor, Professor)




“(…) Hoje, no mar de extensos horizontes, onde quiseste a tua última morada, é onde te procuro com saudade. (…)”

Cascais, 11 de Novembro de 1995
Gilda Maria
(Esposa do Artista)

Fonte: Francisco Maya, livro editado em 1996 (Projecto de Delfim Maya, filho do artista)