domingo, 7 de novembro de 2010

El Greco







El Greco
1541-1614

Um génio universal, pintor, arquitecto e escultor, criador de uma arte ardente e original.





Doménikos Theotokópoulos, mais conhecido como El Greco, "O Grego" nasceu em Iráklio, Greta em 1541 e morreu em Toledo a 7 de Abril de 1614.
El Greco foi um pintor, escultor e arquitecto grego que desenvolveu a maior parte da sua carreira na Espanha. A alcunha El Greco incomodava-o, pelo que assinava as suas obras com o nome original em grego e por vezes acrescentava Kres (cretence).
Creta, naquela época pertencia à república de Veneza, e era um centro artístico pós-bizantino. El Greco recebeu uma educação baseada nas linhas mestras do humanismo italiano, o que lhe fez nascer um permanente interesse por quase todos os assuntos. Ali estudou e trabalhou tornando-se um mestre dentro dessa tradição artística, antes de viajar, aos vinte e seis anos, para Veneza, como já tinham feito outros artistas gregos. El Greco era já considerado um mestre quando chegou a Veneza. No entanto, fez o seu próprio estudo dos maiores pintores italianos da época, primeiramente na oficina de Jacop Bassano, e mais tarde, em 1565-66, na de Tintoretto. Os seus progressos foram tais que em 1567 foi aceite como aluno do maior de todos os pintores venezianos, Tiziano. No entanto, beneficiou menos deste, do que recebera de Tintoretto, o primeiro a revelar a El Greco a força pictórica do movimento forte e a técnica de o exprimir.
Em 1570 mudou-se para Roma, onde abriu um “ateliê” e executou algumas séries de trabalhos sem grande sucesso, talvez devido à sua arrogante reivindicação de que pintava melhor que Miguel Ângelo. Ainda não tinha passado três anos em Roma, e alguém ouviu-lhe dizer ser capaz de fazer um novo Juízo Final para a Capela Sistina tão genial como o de Miguel Ângelo e com as figuras todos vestidas. Este orgulho altivo, era afinal a tradução da sua íntima convicção de que se sentia capaz de igualar o mestre, cujos imitadores eram em tal número que, para ele, a vida se tornou impossível em Roma, a ponto de em 1572 se resolver a deixar a cidade e o círculo de pintores, homens de letras e pensadores de quem se tinha tornado amigo. Um ou dois destes eram de naturalidade espanhola, e foi talvez o eco das suas recordações da pátria que o fez escolher a Espanha como destino. Cinco anos mais tarde, encontramo-lo estabelecido em Toledo, rodeado de excelente reputação artística.
No ano seguinte, 1578, nasce seu filho Jorge Manuel, mais tarde também pintor, escultor e arquitecto. A mãe de Jorge era a bela toledana Doña Jerónima de las Cuevas a quem El Greco se manteve unido por todo o resto da sua vida. El Greco não falava ainda espanhol, unicamente italiano e grego, mas a atmosfera cosmopolita de Toledo, como centro europeu de comércio, de religião, de conhecimentos e de arte, contribuía para que qualquer estrangeiro, se sentisse ali como na sua própria pátria. O bom acolhimento dispensado e o apreço que lhe votam como pintor traduzem-se em sucessivas encomendas das numerosas igrejas de Toledo e dos seus conventos, em constantes convites para reuniões, nas amizades que cria com homens de todas as categorias, poetas, escritores, homens de leis, e até exploradores.
Esta agradável existência somente foi quebrada uma ou duas vezes durante os trinta e seis anos que El Greco viveu em Toledo. De uma vez, o seu Espolio, de 1579, é recusado pelo capítulo da catedral, para quem fora pintado, com o argumento de que era demasiado pesado e não suficientemente convencional. Pode ser visto actualmente na sacristia da catedral.

El Espolio, 1577-1579
Óleo sobre tela, 285 x 173 cm
Sacristia da Catedral de Toledo, Espanha

O Martírio de S. Maurício e a Legião Tebana, 1580-82
Óleo sobre tela, 301 x 448 cm
Colecção Privada

 O Martírio de S. Maurício e a Legião Tebana, de 1580-02, solicitado pelo rei Filipe II como prova ou ensaio de qualidade, apavora o rei pelas mesmas razões. Filipe II insurge-se contra a falta de colorido devoto da pintura e contra a soberba com que o tema sagrado foi tratado, o martírio dos quarenta mil, relegados afinal para o fundo do quadro. No entanto, e apesar de tudo isto, Filipe II conservou a pintura na sua enorme colecção do Escorial.
Este incidente afastou qualquer possibilidade de El Greco alcançar um cargo fixo junto da corte, mas não fez diminuir a sua reputação em Espanha. Nem a sua própria ideia acerca do papel a desempenar pelo artista na sociedade. Pelo contrário, revelou-se capaz de mover um processo legal em defesa da isenção de impostos a aplicar a todos os trabalhos de carácter artístico, e de 1605 a 1607 defende precisamente este ponto numa acção contra o cobrador de impostos de Illescas.
Uma espiritualidade igualmente tradicional em Espana foi também assim ganhando raízes no seu génio engrandecido. Coloca formas maneiristas ao seu serviço, formas demasiado altas para serem naturais – por vezes consideradas resultantes de loucura ou de deficiência visual -, mas efectivamente exprimindo o ideal. A mais notável das suas características é a autêntica mestria na violência das cores, nas explosões de luz, nas sombras e luminosidades, que vieram a inspirar Velásquez e foram como que uma previsão da pintura moderna.
Para o fim da vida, a sua saúde enfraqueceu, e quando Francisco Pacheco, mestre de Valásquez, veio em 1611, visitá-lo a Sevilha, El Greco não teve forças para acompanhar o visitante até à sua oficina. Esta incapacidade, junta a hábitos de vida luxuosa, deixam-no por vezes em situações económicas difíceis, havendo alturas em que enviou telas suas para serem vendidas em Sevilha e embarcadas para as Índias Ocidentais e para a América. Morreu em Toledo, a 7 de Abril de 1614.
O estilo único, dramático e expressivo de El Greco foi tratado com indiferença durante séculos. Um grupo de amantes da arte redescobriu-o no século XIX, tendo sido considerado um precursor do expressionismo e do cubismo, ao mesmo tempo que a sua personalidade e obras eram fonte de inspiração a poetas e escritores.
El Greco é considerado um artista tão individual que não pertencente a nenhuma das escolas convencionais. É mais conhecido pelas suas figuras tortuosamente alongadas e o uso frequente de pigmentação fantástica ou mesmo fantasmagórica, unindo as tradições bizantinas com a pintura ocidental.
Na sua época teve apenas dois seguidores do seu estilo: o seu filho Jorge Manuel Theotokópoulos e Luis Tristán.

Fontes: wikipedia, Livro 100 grandes artistas (C.L.) e Enciclopédia Ilustrada de Belas Artes
S. Francisco
Óleo sobre tela, 80 x 105,4 cm
Colecção particular

Jesus Curando um Cego, 1577-1578
Óleo sobre tela, 146 x 120 cm
Metropolitan Museum of Manhattan
New York, United States

Cristo na Cruz, 1585-1590
Óleo sobre tela, 180 x 250 cm
Museu do Louvre, Paris, França

A Santíssima Trindade, 1577
Óleo sobre tela, 179 x 300 cm
Museu do Prado, Madrid, Espana

Vista de Toledo
Óleo sobre tela, 108,6 x 121,3 cm
Metropolitan Museum of Manhattan
New York, United States

Lady with a Fur, 1577-1580
Óleo sobre tela, 51 x 62 cm
Colecção Particular

Cristo Expulsando os Vendilhões do Templo, 1595
N.G., Londres

Pietá

Outra Pietá

São Sebastião

São Sebastião


1 comentário:

  1. ao ver todas esta imagens a minha conclusão é que
    jesus cristo foi crucificado nu, momento este em que o cordeiro tira o pecado do mundo, mas o mundo é contra o precito de DEUS até nos dias hoje porque Jesus disse vale mais o corpo que a vesti

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