sábado, 8 de janeiro de 2011

Francisco Maya








Francisco Maya

1915-1993







Francisco José Peile da Costa Maya nasce em 1915 em Lisboa na casa de Santa Isabel, na freguesia do mesmo nome, residência da família desde o século XVI.


Surdo-mudo de nascença, estuda e aprende a falar sob a correcção do professor José da Cruz Filipe, através da leitura labial.


Em 1927 entra para a Casa Pia, onde estuda e 1936, frequenta as aulas de desenho e pintura na escola de Belas Artes de Lisboa onde obtém o diploma de autodidacta.


Em 1943 expõe pela primeira vês numa mostra individual. Passa a ser convidado para colaborar nos salões de Verão, Outono e Inverno, na Sociedade Nacional de Belas Artes da qual se torna sócio. Participa igualmente nos salões de turismo da Costa do Sol e Casino Estoril, onde recebe prémios, medalhas e menções honrosas.
Em 1962 casa com Gilda Maria, também pintora.
Em 1978, adoece na Madeira onde estava a passar uns tempos, o que o leva a prolongar a estadia. O seu Atelier naquela cidade passa a ser visitado por coleccionadores estrangeiros, e parte das suas obras foram para França, Alemanha, Holanda, Inglaterra, Suécia, e EUA.
Em 1993, ainda visita Paris, pela última vez. Em Julho desse mesmo ano vai descansar para a sua casa em Porto Santo, em Agosto adoece e morre a 11 de Outubro.

 Óleo, 28 x 18 cm
Colecção Particular

Óleo, 70 x 54 cm
Colecção Particular

Óleo, 41 x 22 cm
Colecção Particular

Óleo, 160 x 130 cm
Colecção Particular

Óleo, 45 x 103 cm
Colecção do Banco Comercial Português, Portugal

Sagres
Óleo, 74 x 94 cm
Colecção Particular

Pietá
Óleo, 21 x 31 cm
Colecção Particular

Aguarela, 26 x 17 cm
Colecção Particular

Aguarela, 34,5 x 50 cm
Colecção Particular

Colecção do Artista

Crayon, 25 x 35 cm
Colecção Particular

Óleo, 70 x 54 cm
Colecção Particular

“(…) Sentia-me junto a um mestre, com toda a magia que isso representa. Não esqueço o seu expressivo olhar de um profundo azul, em momentos que me despertaram um maior interesse pelo mundo da Arte. Então, compreendi melhor porque é que a sua obra – cerca de oitocentos trabalhos – se encontra espalhada pelos quatro cantos do mundo e como quando se ama realmente a Arte, podemos sentir “vaidade” em usufruir das obras de um artista.
Muitos admiradores da Obra de meu Pai têm manifestado por ela um enorme apreço. Recordo-me, por exemplo, um deles comentá-la, afirmando: “Num horizonte aberto vibram azuis onde a separação do mar e do céu nasce de uma perspectiva musical em que se manifestam força, calma e serenidade. (…)”
Cascais, 23 de Julho de 1996
Delfim Maya
(Filho do artista)

 Óleo, 35,5 x 55 cm
Colecção Particular

Aprendi a compreender e a conhecer o seu mundo. Não só por ser surdo-mudo, mas por ter uma sensibilidade infinita, calma, serena, conjuntamente com a alegria que transmitia no seu olhar.
Teve uma esposa única: o seu grande complemento e inspiração, que é a minha mãe.
Fomos uma família diferente!
Herdei deste mundo, o ser leal, o estar com todos e ao mesmo tempo só.
Ofereci-lhe a felicidade de uma neta com a sua fisionomia.
Desse mar da travessa, entre as duas ilhas onde quiseste ficar, sinto-me tão longe e ao mesmo tempo tão perto.

Funchal, 30 de Agosto de 1996
Francisco
(Filho do artista)


“(…) uma obra liberta do seu tempo, inscrita numa intemporalidade romântica, metafísica, definindo uma poética de madrugadas e crepúsculos. (…)”
Bom Sucesso, 5 de Abril de 1996
José Augusto Lagoa Henriques
(Escultor, Professor)




“(…) Hoje, no mar de extensos horizontes, onde quiseste a tua última morada, é onde te procuro com saudade. (…)”

Cascais, 11 de Novembro de 1995
Gilda Maria
(Esposa do Artista)

Fonte: Francisco Maya, livro editado em 1996 (Projecto de Delfim Maya, filho do artista)

3 comentários:

  1. Adorei. Muito bem delineado,com bastante interesse Bjs QUIM

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  2. Excelente Obra! Parabéns!!
    FGF 2012

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  3. Tenho 2 pinturas deste artista (marinhas).Por um bom preço ate vendia. f.m.b@sapo.pt

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