terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Philippe de Champaigne




Philippe de Champaigne
1602-1674

Notável retratista




Philippe de Champaigne nasceu em Bruxelas, onde se exercitou como paisagista.
Em 1621, foi para Paris, e aí encontrou Poussin, com quem colaborou nas decorações do Palácio do Luxemburg. Depois de uma curta visita a Bruxelas, tornou-se, em 1628, pintor da rainha-mãe, Maria de Medicis. Ganhou o favor de Luís XIII e pintou um retrato do rei coroado pela Vitória, com paisagem de fundo de La Rochelle, onde os protestantes tinham sido derrotados pouco antes.

Em 1643 Champaigne entrou em contacto com as freiras de Port-Royal, quando as suas filhas foram para o convento. Juntamente com muitos outros homens graves do seu tempo, foi atraído pela doutrina severa e sincera dos jansenistas. (O jansenismo foi um movimento de carácter dogmático, moral e disciplinar, que assumiu também contornos políticos, e se desenvolveu principalmente em França e na Bélgica, nos séculos XVII e XVIII, em reacção a certas doutrinas e práticas no seio da Igreja Católica. Tem esse nome por ter origem nas ideias do bispo de Ypres, Cornelius Jansen). As consequências deste ensino podem ser vistas em todas as obras executadas por Champaigne depois dessa data.
Finalmente rejeitou o estilo barroco, e as suas últimas obras, muitas vezes retratos de grupos citadinos, atingem real originalidade nas atitudes retraídas e na coloração sóbria. A obra-prima deste período é uma pintura votiva, produzida em agradecimento pela cura de sua filha, atacada em 1660 por uma paralisia que nos finais de 1661 a impossibilitou de andar. A prioresa mandou rezar uma novena na esperança de que ela se curasse, e ao fim de nove dias a cura verificou-se repentinamente. A pintura mostra a prioresa ajoelhada ao lado da freira doente. É simples e geometricamente severa na sua composição, e os únicos traços de cor são as duas cruzes carmesins nas vestes das freiras, estando mesmo uma delas, parcialmente oculta.
Champaigne foi o melhor e o mais notável retratista do seu tempo. Tinha muitos alunos e auxiliares na sua oficina em Paris, onde trabalhou até morrer em 1674.

Retrato de Homem, 1650
Óleo sobre tela, 72 x 91 cm
Museu do Louvre, Paris, França

Triplo Retrato do Cardeal Richelieu, 1640
Óleo sobre tela, 72 x 58 cm
National Gallery, Londres, Inglaterra

Apresentação de Jesus no templo
Óleo sobre tela, 197 x 257 cm
Museu Real das Belas Artes, Bruxelas, Bélgica

Maria Madalena
Óleo sobre tela, 87 x 115,5 cm
Museum of Fine Art, Houston, Texas, United States

Duas Freiras
Óleo sobre tela, 229 x 165 cm
Museu do Louvre, Paris, França

Fonte: Enciclopédia Ilustrada de Belas Artes, Grolier, Lda. 7ª. Edição 1979

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