A mais velha de quatro irmãos, todos artistas, Rosa Bonheur decidiu cedo especializar-se em pintar e esculpir animais. O seu pai encorajou-a, autorizando-a a ter um carneiro na varanda do seu apartamento em Paris, num sexto andar.
A ausência do convencionalismo de Bonheur foi uma tónica da sua vida: usava cabelo curtado muito curto, fumava em público, e quando visitava matadouros e mercados para estudar a anatomia dos animais, levava consigo uma autorização da Perfeitura de Paris para usar calças e uma bata de homen em público. Usou o mesmo vestuário numa ida ao teatro, o que provocou ruidosas queixas de um homen que estava no camarote ao lado, até que lhe disseram que ela era uma artista famosa.
A sua obra foi aclamada pelos Salons e viveu bem com rendimento do seu trabalho, mantendo-se sempre afastada do sentimentalismo complexo da época.
Não havia lugar para sentimentalismos no seu palácio, onde acolhia uma colecção de animais, incluindo um casal de leões, um veado, gado, inúmeros cães e um papagaio. No palácio também funcionava uma escola gratuita de arte. Bonheur era uma professora compreensiva, tal como o seu pai. Era conhecida pela sua generosidade com artistas em dificuldade e por tomar disposições para proteger todos os que trabalhavam para ela.
1822 – Nasce Marie-Rosalie Bonheur em Bordéus, filha de um pintor paisagista.
1841 – Começa a expôr regularmente no Salon de Paris.
1848 – É-lhe concedida a primeira medalha de ouro pelo jurí que inclui Corot, Delacroix e Ingres.
1849 – Toma conta da escola de arte do pai, por morte deste.
1853 – O quadro a Feira de Cavalos, conquista o apreço e uma visita privada da Rainha Vitória.
1855(?) – Compra um palácio em Fontainebleau, que partilha com Nathalie Micas.
1860-1880 – As suas obras vendem-se sobretudo em Inglaterra.
1889 – Morre Nathalie Micas. Estabele-se uma relação com Anna Elizabeth Klumpke
1894 – Através da Imperatriz Eugénia, é a primeira mulher a quem é concedida a Grande Cruz da Légion d’Honneur Francesa.
1899 – Morre em Melun, Fontainebleau.
Lavoura no Nivernais (1848)
Uma das pinturas mais famosas de Bonheur.
Baseia-se nos estudos da própria Bonheur e foi também inspirada por Potter,
um pintor animalista holandês do século XVII.
A nobreza destes enormes animais entregues ao trabalho parece ultrapassar a eficácia dos homens que os conduzem.Retrato do coronel William F. Cody, conhecido como o empresário de espectáculos Buffalo Bill.
Este retrato foi pintado depois da visita de Cody ao palácio de Bonheur,
Gosto muito do teu Blog.
ResponderEliminarBjs.
António