Álvaro Cunhal
10-11-2013
13-06-2005
Político, escritor, artista plástico, resistente e dirigente comunista
1913: Nasce a 10 de Novembro, em Coimbra, filho de Avelino Cunhal e Mercedes Ferreira Barreirinhas.
1931: Com 17 anos, Álvaro Cunhal adere ao PCP, através da Federação das Juventudes Comunistas.
1932: Participa na direcção da Associação Académica de Lisboa.
1934: É eleito para o Senado Universitário.
1935: Eleito para o Secretariado da Federação das Juventudes Comunistas.
1937: Cunhal é preso pela primeira vez, a 20 de Julho.
1939: É colocado a cumprir serviço militar na Companhia Disciplinar de Penamacor.
1940: É de novo preso.
1942: Cunhal adopta o pseudónimo de "Duarte".
1949: Prisão de Álvaro Cunhal numa casa clandestina no Luso.
1950: Cunhal julgado e condenado faz do processo uma afirmação política do comunismo.
1953: É transferido da Penitenciária de Lisboa para Peniche após ter estado doente.
1960: Cunhal foge de Peniche a 3 de Janeiro. Em Dezembro, nasce a sua filha Ana.
1961: Entre Fevereiro e Maio, Cunhal vive no Porto, junto ao Mercado do Bom Sucesso, com a mulher Isaura e a filha Ana. Eleito pelo Comité Central secretário-geral do PCP, passa a viver no estrangeiro.
1974: Revolução do 25 de Abril. Legalização do PCP. No dia 30 de Abril, Álvaro Cunhal regressa a Lisboa. É ministro sem pasta nos Governos Provisórios até 1975.
1975: Nas eleições para a Assembleia Constituinte, a 25 de Abril, Cunhal encabeça a lista do círculo de Lisboa.
1982: Torna-se membro do Conselho de Estado.
1985: Em Agosto, Cunhal publica O Partido com Paredes de Vidro.
1989: Álvaro Cunhal vai à URSS para ser operado a um aneurisma da aorta. Cunhal é recebido em Moscovo por Mikhail Gorbatchov e recebe a ordem Lenine.
1992: No XIV Congresso do PCP, Carlos Carvalhas é eleito secretário-geral, Álvaro Cunhal passa a presidente do Conselho Nacional do PCP.
1994: No Hotel Altis lança o romance Estrela de Seis Pontas e assume que é Manuel Tiago, pseudónimo literário com que assinou na clandestinidade o romance Até Amanhã, Camaradas e o conto Cinco Dias, Cinco Noites.
1996: XV Congresso do PCP. O Conselho Nacional é extinto. Cunhal passa a ter assento apenas no Comité Central.
1997: Cunhal lança um novo romance, A Casa de Eulália baseada na sua experiência na Guerra Civil de Espanha.
2000: Em Setembro, Cunhal é operado a um glaucoma, a operação corre mal e perde a visão do olho direito. A 8, 9 e 10 de Dezembro, o XVI Congresso realiza-se em Lisboa e, pela primeira vez desde o 25 de Abril, Cunhal está ausente de uma reunião magna por motivos de saúde.
2001: Cunhal reaparece em público para votar nas eleições presidenciais de 14 de Janeiro. Depois de votar, declara aos jornalistas: "Estou nitidamente melhor."
2004: Nas eleições europeias, a 13 de Junho, Álvaro Cunhal, pela primeira vez em 30 anos de democracia, não vota.
2005: O Comité Central noticia a morte de Álvaro Cunhal, às 5h e 54, do dia 13 de Junho.
Fonte: vidaslusofonas
Os desenhos conhecidos de Álvaro Cunhal são os "Desenhos da Prisão", publicados em álbum, em Dezembro de 1975, pela Editorial Avante!. Esta publicação foi uma iniciativa do PCP e teve como objectivo a recolha de fundos.
Os desenhos são feitos a lápis sobre papel e foram executados entre 1951 e 1959, numa cela da Penitenciária de Lisboa, onde passou oito anos em total isolamento, e no Forte de Peniche, de onde se evadiu em Janeiro de 1960.
Durante cerca de dois anos (1949-1951) não teve acesso a qualquer material de escrita ou de desenho, mas em 1951 passou a ser autorizado a receber papel e lápis. Para efeitos de controle, o papel era numerado folha a folha e assinado pelo chefe dos guardas da Penitenciária de Lisboa - Lino -, pelo que há alguns desenhos em que se pode ver uma assinatura, que não é do autor dos desenhos, mas do tal Lino.
Os desenhos de Álvaro Cunhal integram a corrente estética neo-realista. "Se não fossem um capítulo sem continuidade, constituiriam um dos mais interessantes casos do neo-realismo português" (João Pinharanda, 1991).
Óleo sobre madeira
Óleo sobre madeira
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