quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Cândido Portinari






Portinari
1903-1962









Filho de imigrantes italianos Cândido Portinari nasceu a 29 de Dezembro de 1903, numa fazenda nas proximidades de Brodowski, interior de São Paulo. Com a vocação artística florescendo logo na infância, Portinari teve uma educação deficiente, não completando sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade,  pintores e escultores italianos que atuavam na restauração de igrejas na região de Brodowski  recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento do pintor brasileiro.
Aos 15 anos, Portinari deixa São Paulo e parte para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Durante os seus estudos, Portinari começa a destacar-se e chamar a atenção tanto de professores quanto da própria imprensa, pelo que, aos 20 anos já participa de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais. Apesar do reconhecimento alcançado, começa a despertar no artista o interesse por um movimento artístico até então considerado marginal: o modernismo.
Um dos principais prémios almejados por Portinari era a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e 1927, o pintor conseguiu destaque, mas não venceu. Anos depois, Portinari chegou a afirmar que as suas telas com elementos modernistas escandalizaram os juízes do concurso. Em 1928 Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos académicos tradicionais e finalmente ganha a medalha de ouro e uma viagem para a Europa.
Os dois anos que passou vivendo em paris foram decisivos no estilo que o consagraria. Durante a sua estada em Paris Portinari entrou em contato com outros artistas como Van Dongen e Othon Friesz, além de conhecer Maria Martinelli, uma uruguaia de 19 anos com quem o artista passaria o resto de sua vida. A distância de Portinari das suas raízes acabou aproximando o artista do Brasil, e despertou nele um interesse social muito mais profundo.
Em 1931 Portinari volta ao Brasil renovado, mudando completamente a estética da sua obra. Quebra o compromisso volumétrico e abandona a tridimensionalidade. Aos poucos, Portinari  deixa de lado as telas pintadas a óleo e começa a  dedicar-se a murais e a frescos, ganhando nova notoriedade entre a imprensa. Em 1939 Portinari expõe três telas no Pavilhão do Brasil da Feira Mundial em Nova Iorque. Os quadros chamam a atenção de Alfred Barr, director geral do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA).
A década de quarenta começa muito bem para Portinari, Alfred Barr compra a tela "Morro do Rio" e imediatamente a expõe no MoMA, ao lado de artistas consagrados mundialmente. O interesse geral pelo trabalho do artista brasileiro faz Barr preparar uma exposição individual para Portinari em plena Nova Iorque. Nessa época, Portinari faz dois murais para a Biblioteca do Congresso em Washington. Ao visitar o MoMA, Portinari se impressiona com uma obra que mudaria o seu estilo novamente: "Guernica" de (Pablo Picasso).
Em 1954 Portinari apresentou uma grave intoxicação pelo chumbo presente nas tintas que usava.
Desobedecendo as ordens médicas, Portinari continuava pintando e viajando com frequência. No começo de 1962 a prefeitura de Barcelona convida Portinari para uma grande exposição com 200 telas. Trabalhando freneticamente, a intoxicação de Portinari começa a tomar proporções fatais. No dia 6 de fevereiro do mesmo ano, Cândido Portinari morre envenenado pelas telas que fizeram seu sucesso. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
Fonte:  Wikipedia
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