segunda-feira, 27 de setembro de 2010

John Singer Sargent






John Singer Sargent
1856-1925

Pintor cosmopolita de brilhantes retratos.





John Singer Sargent nasceu em Florença, Itália, em 1856, era filho de ricos americanos expatriados. Recebeu as suas primeiras lições de arte em Florença, mas depois a família viajou por toda a Europa durante alguns anos, acabando por fixar-se em Paris em 1874.
Numa viagem a Veneza, Sargent conheceu James Mcneill Whistler, que o encorajou a pintar. Inscreveu-se na Escola de Belas Artes de Paris, e entretanto, frequentou o estúdio de Carolus-Duran, pintor de pouca imaginação, mas tecnicamente hábil, muito exacto na organização formal dos seus temas. Sargent era precoce e tirou toda a vantagem desse ensino tão precioso. Em 1877, expôs um retrato no Salon de Paris, e em 1879 passou alguns meses em Espanha, do que resultou adoptar o rico colorido de Velázquez em contraste com fundos pálidos. Das obras dos artistas contemporâneos, as de Manet eram as que mais o atraíam.
O estilo de Sargent rapidamente atingiu maturidade. Os seus brilhantes retratos, tão cheios de virtuosismo que até pareciam fáceis, espelhavam os seus antecedentes cosmopolitas e uma fácil entrada na sociedade. Ganhou notoriedade no Salon de 1884 com o seu retrato de Madame Gautreau, beleza parisiense e dama da melhor sociedade. O público, o modelo, a sua família e os críticos, todos reagiram violentamente perante o quadro, condenando o decote como «chocante». Sargent ficou admirado e muito aborrecido.
No ano seguinte, partiu para Londres, onde viveu até ao fim da sua vida, e em 1887 provocou agradável sensação na Royal Academy com Cravo, Açucena, Açucena, Rosa, em que era evidente uma exótica influência japonesa.

Sargent, foi frequentemente à América, onde expôs pela primeira vez em Janeiro de 1888.
Em 1893, expôs nove quadros na Exposição Universal de Chicago, e em 1909 foi contratado para decorar uma sala da nova biblioteca pública de Boston. Os murais que aí pintou, quentes, ricos e monumentais, descreviam a história das religiões judaica e cristã, tendo sido objecto de infindável controvérsia.
A decoração que Sargent efectuou entre 1916 e 1925 na cúpula do Museu de Belas Artes de Boston foi de tipo muito diferente, leve e airosa.
O seu colorido tornou-se mais pálido nos últimos anos da sua vida, e, embora o seu pincel nunca tivesse perdido vivacidade e fluidez, a sua técnica tornou-se muito repetitiva, desaparecendo todo o sentido de renovação que anteriormente pudesse ter tido.

A partir de cerca de 1910, Sargent trabalhou muito em aguarela, produzindo paisagens cheias de luz vibrante e muito mais espontâneas que os retratos que fazia.
No entanto, o seu quadro mais importante talvez seja o Retrato de Robert Louis Stevenson. É uma obra tão invulgar que até o próprio escritor ficou perturbado. Este aparece num dos lados da tela, caminhando numa sala, enquanto ao fundo se abre um átrio e à direita se vê, de relance, a esposa com um fato índio.
Sargent morreu em Londres, em Abril de 1925, tendo sido considerado durante muitos anos um retratista da moda.


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