sábado, 13 de fevereiro de 2010

Fantin-Latour





Ignace Henri Jean Théodore Fantin-Latour
(1836-1906).




Filho de Jean Théodore Fantin, chamado Latour, pintor e de Hélène de Naidenoff. Teve duas irmãs, Marie e Nathalie, que serviram por diversas vezes de modelo.
Em 1841 a familia instala-se em Paris, no bairro de Saint German des Prés, onde recebe lições de desenho do seu pai, copiando gravuras e litografias.
Em 1850, apesar de não ter a idade requerida, foi aceite no curso nocturno da Petite École de Dessin.
No ano seguinte recebe aulas do pintor Horace Lecoq de Boisbaudran que o incita a ir para a rua para estudar atentamente aquilo que o rodeia, frequentando o Louvre, para copiar os quadros dos clássicos. Graças a ele, Fantin orientará a sua vida futura em direcção aos inovadores, em detrimento dos académicos.
Em 1856 pinta as primeiras naturezas mortas, a maior parte em formato pequeno e em 1857 conhece Édouard Manet, considerado o pintor mais moderno da sua época.
Em 1858, juntamente com Alphonse Legros e James McNeill Whistler, funda a Société des Trois.
Em 1861 é aceite pela primeira vez no Salon, com dois retratos e um auto-retrato.
Em 1862 expõe pela primeira vez na Royal Academy de Londres.
Em 1863, das três obras enviadas ao “Salon” somente uma é aceite, as outras duas serão expostas no “Salon de Refusés”.
Em 1864 visita pela terceira vez Londres e expõe de novo na “Royal Academy”. Vende a obra Homenagem a Delacroix.
Em 1866, ousa expôr pela primeira vez uma grande natureza morta no “Salon”. Conhece a pintora Victoria Dubourg, por quem se apaixona perdidamente, vindo a casar com ela dez anos mais tarde.
Sua irmã Marie casa com um coronel russo e parte com ele para Varsovia.
Em 1867 aluga um apartamento na “Rue des Saints-Pères". Encontra muito perto um atelier, que embora, fosse bem modesto Fantin-Latour iria usá-lo até à sua morte.
Em 1870, recebe a medalha do terceio prémio no “Salon", com “Un atelier aux Batignolles”.
Em 1871, O seu agente inglês Edwin Edwards, vem a Paris e compra quase a totalidade dos seus quadros. Começa a expôr regularmente na”Dudley Gallery” em Londres, onde as suas naturezas mortas, são cada vez mais procuradas. No decorrer dos anos seguintes, participa em exposições colectivas por várias cidades de Inglaterra.
Em 1873, Fantin-Latour volta-se para a litografia, que até à sua morte o ocupará bastante.
Em 1874, recusa-se a participar na primeira exposição de pintores impressionistas em casa de Nadar.
Em 1875 morre seu pai e Fantin-Latour parte para a Holanda com a sua noiva Victoria Dubourg, o pai de Victoria e Edwin Edwards, para visitar os museus.
Em 1876, Casa finalmente com Victoria Dubourg, e instala-se num apartamento por cima do seu atelier, na Rua das Belas Artes.
Em 1877, participa no primeiro “Salon de Lithographie”, ao qual se manterá fiel até 1897.
Em 1879, Fantin-latour é nomeado “chavalier de la Legion d’Honneur”, e condecorado com “médaille d’or” em Anvers. No ano seguinte recebe “la grande médaille d’or” em Manchester. Apesar de todo o sucesso, Latour não altera nada o seu modesto modo de vida.
Em 1883 recebe a cruz de cavaleiro da Ordem de Leopoldo na Bélgica.
Em 1885 pinta o seu último retrato de grupo.
Em 1887 Gustave Tempelaere torna-se seu “marchand” exclusivo.
Em 1894, Fantin é promovido a Oficial da Ordem de Leopoldo, na Bélgica.
Em 1898, realiza-se uma grande exposição das suas litografias no “South Kensington Museum à Londres”. O “Bristish Museum” adquire a maior parte das suas estampas. Fantin é também representado numa exposição de arte moderna em Künstlerhaus em Viena.
Em 1899 participa pela última vez no “Salon” com o seu quadro “Ondine”.
Em 1900, Expõe pela última vez na “Royal Academy” em Londres.
Em 1904, no dia 25 de Outubro, morre na sua casa de campo em Buré, Normandia, e é enterrado no cemitério de Montparnasse.

Fonte: Livro - Fantin-Latour de la réalité au rêve (Fondation de l'Hermitage)


A 26 de Junho de 2009 a Fundação Calouste Gulbenkian realizou uma exposição monográfica sobre o pintor francês Henri Fantin-Latour (1836-1904), com 74 obras de pintura, desenho e gravura deste artista contemporâneo da geração impressionista.
Tratou-se da primeira exposição realizada na Península Ibérica, e a maior em quase três décadas passadas sobre a última grande mostra que lhe foi dedicada.
A exposição - co-organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Museo Thyssen-Bornemisza - esteve patente em Lisboa entre 26 de Junho e 06 de Setembro de 2009, seguindo posteriormente para Madrid

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