quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Sofonisba Anguissola

1532 – Nasce Sofonisba Anguissola em Cremona, Lombardia, Itália.


1546 – Estuda arte com Bernardino Campi.

1554 – Conhece Miguel Ângelo em Roma.

1559 – É nomeada pintora da corte por Filipe II de Espanha.

1570 – Casa com o nobre siciliano Don Fabrizio de Moncada, enviuvando em seguida.

1571 – Regressa a Cremona. Casa com o comandante de navio Orazio Lomellino e instala-se em Génova.

1625 – Morre em Palermo com 93 anos de idade.

Sofonisba Anguissola pertencia a uma família de sete irmãos – seis raparigas e um rapaz -, seu pai, um homem culto, mandou educar a família de acordo com os princípios humanistas do Renascimento. Daí que duas das suas filhas, Sofonisba e Elena, tenham estudado durante três anos com o famoso artista lombardo Bernardino Campi.
Graças às atitudes progressistas do pai de Anguissola e de Campi, tornou-se aceitável a Admissão de raparigas nos estúdios de pintores. Contudo, continuavam a não ser autorizadas a serem aprendizas na oficina e a trabalharem lado a lado com os homens. Esta circunstância limitava muito os temas que as mulheres podiam pintar – não podiam pintar pintar homens nus, por exemplo -, pelo que Anguissola encontrou o seu lugar na pintura de retratos.
Cedo chamou a atenção para a sua abordagem interactiva com um invulgar duplo retrato intitulado “Bernardino Campi Pintando Sofonisba Anguissola”
O talento de Anguissola tornou-a famosa em toda a Europa, pondo-a em contacto com Miguel Ângelo no início da carreira e com Van Dyck próximo do fim da vida.
Sofonisba Anguissola foi a primeira pintora a adquirir fama internacional de que se tem notícia. Notabilizou-se pela extensa série de retratos e auto-retratos que produziu.

Fontes: wikipedia
100 Grandes Artistas (livro do Círculo de Leitores)
Retrato de Filipe II de Espanha
por Sofonisba Anguissola

Bernardino Campi – Pintor Renascentista italiano (1522-1590

Fresco de Bernardino Campi

Fra Angelico

1387 - Nasce Fra Angelico, na aldeia de Vicchio di Mugello, Toscana, Itália, tendo sido batizado com o nome de Guido di Pietro Trosini.


1407 - Entra para o mosteiro dominicano de Fiesole, próximo de Florença, pelo que foi também conhecido como Giovanni da Fiesole e Fra Giovanni.(Fra igual a Frei em italiano).

1409-1914 - A política papal exila os monges para Foligno, na Úmbria.

1414-1418 - A peste leva-os para Cortona.

1419 - Regressa a Fiesole e toma o nome de Fra Giovani.

1433 - Recebe a encomenda para pintar o Tríptico das Fiandeiras.

1436-1445 - Trabalha nas pinturas murais do Convento de S. Marcos em Florença, por encomenda de Cosimo de Médicis.

1445 - É convidado pelo Papa Eugénio IV, para visitar Roma. Pinta o retrato de Carlos VII de França.

1447 - Começa a pintar os frescos da Capela de San Brizio em Orvieto.

1447-1449 - Vai para Roma com o seu aluno Gozzoli para pintar frescos dos Santos Estevão e Lourenço na Capela Nicolina do Vaticano.

1449-1452 - Regrassa a Fiesole onde é eleito prior.

1455 - Regressa a Roma onde morre a 18 de Fevereiro de 1455.

Desde muito cedo, Fra Angelico ganhou fama pela sua capacidade técnica em composição e cor e foi promovido a superintendente de uma activa oficina dentro da Ordem. O seu tíitulo religioso era Fra Giovani, mas os outros frades deram-lhe a alcunha de “Angelico” devido à sua piedade e ao belo trabalho que fazia. Tem fama de nunca ter alterado ou retocado as suas pinturas, acreditando firmemente que fazê-lo seria contra a vontade de Deus.

Ele viria a tornar-se, um dos mais significativos artistas renascentistas de Itália.

Em 1982 foi beatificado, pelo Papa João Paulo II, sendo agora oficialmente denominado Beato Fra Angelico.

Em 14 de novembro de 2006, foram encontrados mais dois retábulos pintados por Fra Angélico, que estavam desaparecidos há pelo menos 200 anos. Estas peças foram localizadas numa humilde residência inglesa, em Oxford.

Fontes: http://www.infoescola.com/
100 Grandes Artistas (livro do Circulo de Leitores)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

René Magritte


René François-Gislain Magritte nasceu em Lessines, Bélgica, no dia 21 de Novembro de 1898, filho mais novo de Léopold Magritte.
Em 1912, sua mãe atirou-se ao rio Sambre morrendo afogada. Magritte estava presente quando o corpo da mãe foi retirado das águas. A família parte para Charleroi.
Em 1916, entra na Académie Royale des Beaux-Arts, em Bruxelas, onde estudou durante dois anos. Foi durante esse período que conheceu Georgette Berger, com quem se casou a 28 de Junho de 1922.
Trabalhou numa fábrica de papel, e foi artista gráfico, sobretudo desenhando motivos de papel de parede e desenhos publicitários.
É profundamente afectado pela obra " Le Chant d'Amour " de Giorgio de Chirico.
Em 1923 vende o seu primeiro quadro, um retrato da cantora Evelyne Brélia.
Em 1926, após um contrato com a Galerie la Centaure, na capital belga, faz da pintura a sua principal atividade. Nesse mesmo ano, Magritte produziu a sua primeira pintura surrealista, Le jockey perdu.
Em 1927 mudou-se para Paris, onde começou a envolver-se nas atividades do grupo surrealista, tornando-se grande amigo dos poetas André Breton e Paul Éluard e do pintor Marcel Duchamp. Neste mesmo ano faz a sua primeira exposição em Bruxelas na Galeria Centaure, onde expõe 61 dos seus trabalhos.
Quando a Galerie la Centaure fechou, Magritte voltou para Bruxelas. Permaneceu na cidade mesmo durante a ocupação alemã, na Segunda Guerra Mundial.
Em 1928 a 24 de Agosto o pai de Magritte morre.
Em 1929 vai a Espanha e instala-se na casa de Dali e Gala. Pinta a primeira versão do seu famoso quadro “La Trahison des Images”
Em 1937 Magritte pinta grandes telas para Edward James em Londres e discursa na London Gallery.
De 1943 a 1947 Magritte tenta um novo estilo de pintura, estilo solar ou Renoir.
Em 1948 Magritte mostra o seu novo estilo numa exposição na Galeria du Faubourg em Paris, mas devido ao espanto do público, abandona a nova forma de pintura.
O seu trabalho foi exposto em 1936 na cidade de Nova York, Estados Unidos, e em mais duas exposições retrospectivas nessa mesma cidade, uma no Museu de Arte Moderna, em 1965, e outra no Metropolitan Museum of Art, em 1992.
Em 1940 Magritte e a sua mulher mudam-se para Carcassonne, no sul de França.
Magritte é um dos mais importantes pintores do surrealismo.

Morreu de câncro a 15 de Agosto de 1967 e foi enterrado no Cemitério Schaarbeek, em Bruxelas.


Auto retrato de René Magritte
Delírio Surrealista o pensamento mágico
Veja a obra deste artista em http://www.magritte.be/

Almada Negreiros


Painéis da Gare Marítima da Rocha de Conde de Óbidos


O MENINO COM OLHOS DE GIGANTE

S. Tomé e Príncipe. O tenente de cavalaria António Lobo de Almada Negreiros é o administrador do Concelho de S.Tomé. Já fundou vários jornais e nunca deixou de se dedicar ao jornalismo. É um estudioso dos problemas coloniais. A mulher, Elvira Sobral, é natural de S.Tomé. Foi educada no Colégio das Ursulinas, em Coimbra. Vivem na Roça da Saudade. Local onde no dia 7 de Abril de 1893 vêem nascer o seu primogénito. Terá o nome de José Sobral de Almada Negreiros. Terão ainda outro filho de nome António. O lugar é ideal para uma infância tranquila. Porém em 1896 Elvira Sobral morre. As crianças são ainda muito pequenas. Ficarão algum tempo em S.Tomé.
Em 1900 António Almada Negreiros é nomeado para a exposição Universal de Paris. O Pavilhão das Colónias estará a seu cargo. Acabará por aí fixar residência voltando a casar.
Em Lisboa, os filhos estão agora em idade escolar. A educação das crianças fica a cargo dos Jesuítas, os quais têm uma herança de poder no ensino da aristocracia. Entram como alunos internos no Colégio de Campolide.
José de Almada Negreiros tem sete anos. Uns olhos grandes para ver o mundo. Aos doze anos dedica-se já às letras e ao desenho. A República e o O Mundo são títulos de jornais manuscritos em que ilustrações e textos são da sua autoria. Não é vulgar um menino ser usado assim.
Em Portugal as águas agitam-se. A política está em ebulição. Os partidos monárquicos não se entendem. Todos ambicionam o poder. Enquanto isto, os republicanos unem-se, movimentam-se. A 5 de Outubro de 1910, a Revolução. É a implantação da República. Muitos são perseguidos. Novas ideias adoptadas. Combate-se o passado. O anti-clericalismo grassa. Não tinha sido a Igreja o grande protector do poder? É preciso remodelar. Os Jesuítas são uma elite. A sua influência deve acabar. O Colégio de Campolide é extinto.
Almada vai para o Liceu de Coimbra. Não por muito tempo. Em 1911 ingressa na Escola Internacional em Lisboa. O sistema de ensino é diferente. Facilitam-lhe um espaço que serve de oficina. Aprende por conta própria.

"Eu sou o resultado consciente da minha própria experiência"

O movimento artístico português necessita de inovação. Os artistas plásticos continuam a satisfazer os gostos de uma sociedade burguesa. O naturalismo predomina na arte. Os impressionistas não têm repercussões em Portugal. É um país limitado. Almada sabe-o. Há que dizê-lo.
Em 1913 publica o primeiro desenho n’A Sátira - é necessário agitar a mentalidade artística portuguesa. No mesmo ano faz a primeira exposição individual. São cerca de 90 desenhos.
Fernando Pessoa escreve uma crítica à exposição. Quando Almada o aborda, responde-lhe que não percebe nada de arte... Nasce a amizade.
Entretanto Almada não pára. Colabora em várias publicações. Faz ilustrações. Escreve a primeira poesia. Desenha o primeiro cartaz. Junta-se com outros artistas.
Em 1915 sai o primeiro número da revista ORPHEU. Algum escândalo. Júlio Dantas deprecia o trabalho. Reacções à inovação. Critica a publicidade feita à revista. Afirma não haver justificação para o sucesso. Diz que os autores são pessoas sem juízo.
A 21 de Outubro do mesmo ano estreia-se a peça Soror Mariana. O autor é Júlio Dantas. Almada vai agora reagir. Publica o Manifesto Anti-Dantas e por extenso. O manifesto não é apenas contra Dantas. É uma reacção contra uma geração tradicionalista, uma sociedade burguesa, um país limitado.

"... Basta PUM Basta!

Uma geração, que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração!

Morra o Dantas, morra! PIM!

No fim assina: POETA D' ORPHEU, FUTURISTA E TUDO.

A I Guerra Mundial assola a Europa. Muitos artistas portugueses regressam a Portugal: Amadeu Sousa Cardoso, Guilherme Santa Rita, Eduardo Viana, são alguns deles. Outros são refugiados: Sonia e Robert Delaunay.
O Manifesto causa impacto nos meios artísticos. Afinal há alguém que ousa contestar a cultura instituída. Alguém que ousa criticar a sociedade, o País. Não se pode ficar ausente. É necessário intervir. Unir esforços para que haja uma acção artística. Um movimento que cresça...
Amadeu decide sair do isolamento em Manhufe. Em 1916 faz duas exposições em Lisboa e Porto. Almada escreve no prefácio da exposição:

"Amadeu de Sousa Cardoso é o documento conciso da Raça Portuguesa do séc. XX".

É o modernismo da arte portuguesa. O movimento não pára: nas letras e nas artes. Portugal está no século XX. A transformação é uma necessidade. É preciso agitar, por vezes provocando. Almada fá-lo no Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do séc. XX:

É preciso criar a Pátria Portuguesa do séc. XX

O Povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem Portugueses, só vos faltam as qualidades.


O PORTUGUÊS SEM MESTRE

Em 1918 morrem Amadeu e Santa Rita. Companheiros que se perdem...
Almada decide ir para Paris no ano seguinte. Não procura os mestres. Mas faz procuras. "Eu gosto de procurar sozinho para me encontrar com todos"
Vive numa mansarda na Rue de Notre Dame de Lorette. Para viver trabalha como dançarino de salão, bailarino numa boite, empregado de fábrica.
Regressa a Lisboa em 1920. Dedica-se essencialmente ao desenho. Faz capas de livros, cartazes, desenhos humorísticos. Escreve textos. Sempre a multiplicidade. Sempre a procura:
"Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam, não duro nem para metade da livraria. Deve haver certamente outras maneira de se salvar uma pessoa, senão estarei perdido."

Nunca se perderá!

O café A Brasileira é o ponto de encontro de artistas. Possui um espaço que destina aos quadros de artistas. Em 1925 é a vez de Almada. Dois painéis são expostos. Num deles o auto-retrato, entre amigos. Almada também é pintor...
Em 1927 vai para Madrid. Colabora em várias publicações espanholas, Cronica, La Farsa entre outras. Escreve El Uno, tragédia de la Unidad - obra composta de duas peças que dedica à pintora Sarah Afonso. Há-de vir a ser sua mulher.
Ainda em Espanha colabora com arquitectos. Faz murais na Cidade Universitária de Madrid, nos cinemas Barceló e San Carlos e no Teatro Muñoz Seca. Estas duas últimas obras hão-de desaparecer durante a guerra.
Em Espanha, prenúncios de agitação. Melhor será regressar à Pátria.


O ARTISTA NO PAÍS

Portugal vive agora o início do Estado Novo. Salazar já está já no governo. A política do país é virada para o interior. Portugal cada vez mais longe da Europa. Aposta-se nas grandes obras públicas. Tudo deve ser útil e mostrar o prestígio do Estado.
Aposta-se sobretudo na escultura e na arquitectura. É aquilo que todos vêem. O povo ficará fascinado, a Pátria enaltecida, o Estado Novo representado.
António Ferro, um jornalista, é o grande divulgador destes ideais. Tudo deve ter "ordem e equilíbrio". O Governo apoia esta pequena abertura, controlando-a. É criado o SPN - Secretariado da Propaganda Nacional. São instituídos prémios nas várias áreas artísticas. Com estes meios o poder chama para junto si alguns artistas portugueses.
Em 1933 Almada elabora o cartaz para o SPN: Votai uma nova Constituição. É uma colaboração que se inicia. Não com subserviência. Não sem críticas. Mas colaboração...
No ano seguinte casa com Sarah Afonso. Mais tarde hão-de ter um filho: José. Almada pinta Maternidade.
Continua sem parar. Nunca abandona a multiplicidade. Conferências, cartazes, poesia, painéis, vitrais, selos. Num deles a frase de Salazar Tudo pela Nação. Os futuristas são afinal patriotas?
Em 1938 conclui os vitrais da Igreja de Nossa Senhora de Fátima. O público não aprecia. São demasiadas inovações para quem ainda está preso a tradições. É sempre difícil afrontar os dogmas religiosos. Almada não se incomoda.
No ano seguinte morre-lhe o pai em Paris. Há muito que o tempo marcara a distância.
Outros desassossegos em Lisboa. Grandes acontecimentos preparam-se para o ano seguinte: as comemorações da Fundação da Nacionalidade e o terceiro centenário da Restauração. É preciso mostrar a glória do passado, a força da Grei. Portanto, a exposição d'O Mundo Português, jardim zoológico dos escravos do Império.
Almada é encarregado de fazer os vitrais para o Pavilhão da Colonização. Da sua autoria são também os cartazes Duplo Centenário e Festas do Duplo Centenário.
Muitos acham estranha esta colaboração. Tanto mais que à Comissão executiva preside Júlio Dantas. É o vício de comer todos os dias... Em contrapartida, não se pode deixar de reconhecer um grande artista. O SPN sabe-o. Organizam-lhe uma exposição sobre os trinta anos de desenho. Depois será a atribuição do prémio Columbano pela sua tela Mulher. É o reconhecimento como Mestre.
O Estado continua com as grandes obras. Querem-se úteis e populares.

A escrita é, para Almada, uma forma de crítica:

"As construções do Estado multiplicam-se a olhos vistos, porém as paredes estão nuas como os seus muros, como um livro aberto sem nenhuma história para o povo ler e fixar."

Almada colabora também com arquitectos. Sobretudo com Pardal Monteiro. As Gares Marítimas, as Universidades, a Igreja de Nª. Senhora de Fátima. É através da pintura que se pode ler.
As Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha são locais onde todos os dias passa o povo que trabalha. Os painéis devem mostram aquilo que ele faz, aquilo que sente. Por vezes o que sofre - a emigração e a saudade que fica. É a mistura do real e do lendário. A vida quotidiana e as lendas de gerações. As varinas de Lisboa e a Nau Catrineta. Coisas que a arraia-miúda conhece.


O MESTRE

Almada não pode parar. O trabalho é uma constante. Em todas as áreas se vê o Mestre. O azulejo e a tapeçaria merecem também a sua atenção. No final da década de 40 dedica ainda algum tempo ao desenho de figurinos para o bailado Mefisto Valsa.
O estudo é aquilo que Almada não deixa nunca de fazer. Com os seus textos, publicados ou não, Almada procura o conhecimento, o saber.
Em 50 publica "A chave diz: faltam duas tábuas e meia de pintura do todo na obra de Nuno Gonçalves". Há muito que o mestre vem estudando os painéis. Não deixará o tema. Faz propostas sobre a hipótese de uma nova reorganização do painel. Controvérsias para obra tão importante. Continua a provocar. Nunca deixará de o fazer até ao fim.
Em 54, o Restaurante Irmãos Unidos encomenda-lhe uma tela. Inicialmente a pintura chama-se Lendo Orpheu. É o retrato de Fernando Pessoa, uma certa forma de homenagem. Um dia a obra há-de ser leiloada e causar surpresas. Outras histórias.
Em 59 o SNI atribui-lhe o "Prémio Nacional das Artes". Galardão que não serve para calar o mestre. No mesmo ano Almada assina um protesto público pela nomeação de Eduardo Malta para Director do Museu de Arte Contemporânea. Nunca o Mestre será moldado. Continua a dizer o que pensa, mesmo que o poder não goste. É ainda o menino com olhos de gigante.
O Estado sabe que não convém hostilizar o Mestre. Tanto mais que Almada é um artista reconhecido, homenageado. Melhor será partilhar a opinião geral. Decidem nomeá-lo procurador à Câmara Corporativa na subsecção de Belas- Artes. No ano seguinte propõem-lhe, e aceita, o Grande Oficialato da Ordem de Santiago Espada.
Almada tem 75 anos. A vitalidade ainda perdura. Executa o painel Começar para o átrio da Fundação Calouste Gulbenkian e os frescos para a Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra.
Em 1970 o Retrato de Fernando Pessoa é leiloado. Almada assiste ao leilão. O preço atingido, 1300 contos, causa admiração. Nunca um pintor português conseguira tal proeza.
No mesmo ano assina o acordo para a publicação do primeiro volume das suas Obras Completas.
Em Junho dá entrada no Hospital de S. Luís dos Franceses.

No dia 15 morre. No mesmo quarto onde morrera Fernando Pessoa.

Em tempos Almada respondera a alguém:

"AS PESSOAS QUE EU MAIS ADMIRO SÃO AQUELAS QUE NUNCA ACABAM"

Nota: - Informação colhida no site http://www.vidaslusofonas.pt/

Uma das pintura de Almada Negreiros

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Juan Gris


Retrato de Pablo Picasso por Juan Gris

Juan Gris (Pintor espanhol) nasceu a 23 de Março de 1887 em Madri e morreu a 11 de Maio de 1927 em Boulogne-sur-Seine, França.


Seu nome de nascimento era José Victoriano Gonzáles Pérez.

Apesar de ter falecido jovem, Juan Gris representa o expoente máximo do cubismo sintético.

Iniciou a sua formação ingressando na Real Academia de Belas-Artes de São Fernando. Após este período tornou-se aluno do pintor José Moreno Carbonero, começando também a ilustrar algumas revistas modernistas de poesia da época.

No ano de 1906, mudou-se para Paris, a "cidade-luz", centro mundial das artes. Ali conhece artistas como Guillaume Apollinaire, André Salmon, Max Jacob e, o que mais o marcou e influenciou, Pablo Picasso. Através deste último, conhece também Georges Braque.

Em 1911, apresentou as suas primeiras obras cubistas, que, pela vontade de geometrização das formas patenteada, pela multiplicação dos pontos de vista e pela incorporação de elementos tipográficos, se distanciaram tanto do estilo de Picasso como do de Braque.

Em 1912, passou, finalmente, a integrar o movimento cubista, tornando-se assim, conhecido em todo o mundo. Celebrou também, a sua primeira exposição individual, realizada na Galeria Sagot.

Continuou a expôr nas melhores galerias de arte, até 1927, ano em que faleceu, com 40 anos de idade.


Juan Gris - Natureza morta

Mais obras deste artista em www.ricci-arte.biz/pt/Juan-Gris.htm

Georges Braque


Maison de L'Estaque

Georges Braque nasceu em Argenteuil-sur-Seine, França a 13 de Maio de 1882, e morreu em Paris a 31 de Agosto de 1963 com 81 anos de idade.

Georges Braque era filho e neto de pintores. Foi criado em Le Havre e, ali, estudou na École des Beaux-Arts de 1897 a 1899. Mudou-se para Paris e estudou com um mestre decorador em 1901.
Inicialmente o seu estilo era impressionista. Entre 1902 e 1904, foi aluno da Academie Humbert, também em Paris.
Em 1907, depois de alguns meses em Antuérpia, participou na exposição do Salão dos Independentes (Paris), apresentando obras próximas do fauvismo.
Fez a sua primeira exposição individual em 1908. No ano seguinte, trabalhou com Picasso no desenvolvimento do cubismo.
Em 1911, casou-se com Marcelle Lapré. Em 1912, Braque e Picasso começaram a incorporar nas suas pinturas a técnica da colagem. A parceria duraria até 1914, quando começou a Primeira Guerra Mundial e Braque partiu para a frente de batalha, onde foi ferido em combate em 1915.
Após a guerra, a obra de Braque foi adquirindo liberdade, tornando-se menos esquemática. Em 1922, expôs no Salão de Outono (Paris), o que lhe rendeu fama. Fez ainda a cenografia para dois "ballets" de Sergei Diaghilev.
Em 1930, comprou uma casa de campo em Varengeville, na Normandia, onde passou a morar boa parte do tempo
Em 1933, Braque realizou a primeira retrospectiva de peso, num museu da Basileia (Suíça). Quatro anos depois, ganhou o primeiro prêmio na mostra Carnegie International, em Pittsburgh (EUA).
Durante a Segunda Guerra Mundial, recolheu-se a Varengeville e trabalhou com litogravura, gravura em metal e escultura.
A partir do fim da década de 1940, pintou pássaros e paisagens. Em 1954, desenhou os vitrais da igreja de Varengeville e, em 1958, participou da Bienal de Veneza, que lhe dedicou uma sala especial.
Nos últimos anos de vida, mesmo com problemas de saúde, Georges Braque continuou actuante, dedicando-se à pintura, à litografia e à joalheria.

Braque definiu assim o seu trabalho: "Amo a regra que corrige a emoção. Amo a emoção que corrige a regra".

Juntamente com Pablo Picasso, Georges Braque inventou o cubismo, revolucionando a pintura.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Paul Cézanne


Paisagem - Cézanne

Paul Cézanne nasceu em Aix-en-Provence a 19 de Janeiro de 1839 e morreu de pneumonia a 22 de Outubro de 1906, na terra que o viu nascer.
Em Paris, Cézanne conheceu o impressionista Camille Pissarro. Inicialmente Pissarro exerceu uma influência formativa sobre o jovem artista.


Paisagem  - Pissaro

Em setembro de 1907, as suas pinturas foram exibidas em Paris no "Salon D'Automme" numa grande retrospectiva. A mostra causou um grande impacto na direção da vanguarda parisiense, tornando-o um dos artistas mais influentes do século XIX e o responsável pelo advento do cubismo.
As explorações de simplificação geométrica e dos fenômenos ópticos inspiraram Picasso, Braque, Gris e outros, que passaram a experimentar múltiplas visões, mais complexas, de um mesmo objeto chegando, finalmente, à fractura da forma. Cézanne, assim, abriu uma das mais revolucionárias possibilidades de exploração artística no século XX, influenciando profundamente o desenvolvimento da arte moderna.

Natureza morta - Cézanne

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Georgia O'keeffe



Veja esta e outras obras desta grande artista em http://www.okeeffemuseum.org/

Guernica


Guernica de Pablo Picasso foi exposto pela primeira vez em Paris na
Exposição Internacional de 1937.
Presentemente, encontra-se no Museu de Arte Reina Sofia em Madrid.
http://www.museoreinasofia.es/

PABLO PICASSO de seu nome completo, Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno Maria de los Remédios Cipriano de la Santíssima Trinidad Ruiz y Picasso,
nasceu a 25 de Outubro de 1881 em Málaga - Andaluzia em Espanha,
 e morreu a 8 de Abril de 1973 em Mougins - Provence-Alpes - Côte d'Azur em França

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

CANÇÕES DE NATAL




A todos que seguem o meu blogue desejo um Feliz Natal
e um Ano de 2010 cheio de coisas doces e boas

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Ganhotes




Nesta época Natalícia vamos fazer uma pausa nas pinturas e dedicar-nos a preparar a ceia de Natal.
Assim, aqui vai a receita de um dos fritos de Barrancos, que fazem a delícia dos barranquenhos e não só.


Ingredientes:
  • 5 medidas de farinha.
  • 1 medida de azeite.
  • 2, 3 ou 4 ovos conforme as medidas, (mas não abusem dos ovos senão faz muita espuma ao fritar).
  • Sumo de uma laranja.
  • Um pouco de açucar, canela em pau e erva doce tudo fervido num pouco de água. (só se utiliza a água fervida)

 Preparação:


  • Juntam-se os ingredientes todos e amassam-se com vinho até a massa tender.

  •  Fazem-se umas bolinhas que se estendem com o rolo da massa de modo a ficarem ovais, juntam-se as pontas e apertam-se uma com a outra para pegarem e estica-se um bocadinho do lado oposto (ver figura acima), e fritam-se em óleo bem quente.
  •  Para finalizar regam-se com mel.
Este fritos têm a vantagem de poder ser consumidos muitos dias depois de serem feitos sem perder nada em sabor ou qualidade.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

COUVEFLOR


Tinta da china sobre poliester (Ponteado)

ALENTEJO


Óleo s/ tela 80x120 cm - 2008

Figurativo

 As comadres
Acrílico sobre tela
Dimensão: 61x60 cm
Ano- 2008

figurativo

As Quatros Amigas
Óleo sobre tela - 50 x 50 cm - Ano 2009

Figurativo

À Procura de Resposta
Óleo sobre tela / 2009

ESPARGOS


Espargos - Óleo s/ tela - 22x33 cm - 2009

Paisagem Urbana


Acrílico s/ tela - 2006

Natureza morta - rosas murchas


Óleo s/ tela - 2006

pêras


4 pêras - Acrílico s/ tela - 24x33 cm - 2007

s/ título


Sem título - Acrílico s/ tela - 63x70 cm - 2009

Flores - Nasturtiuns


Óleo s/ tela - 45x40xcm - 2007

lírios

Lirios
Óleo sobre tela, 50 x 40 cm

7 rosas


Óleo s/ tela - 40x40 cm - 2007

Figurativo

Meninas de Blusas Brancas
Ácrílico sobre tela - 27x35 cm - 2009

Figurativo

Ternura
Acrílico sobre tela - 70x50 cm - 2008

Paisagem - Lisboa


Acrílico s/ tela - 65x55 cm - 2008

Trav. de Preguiçosa - Barrancos


Óleo s/ tela - 50x70 cm - 2008